16 dezembro, 2008

Entrevista com Jay Skowronek

Oi, como vai você?
Jay - Oi, Carlo! Estou bem, obrigado. Estamos em Washington, D.C. agora, está frio e chuvoso. Mas eu gosto de frio e de chuva, então tudo bem!

Você pode apresentar o pessoal da banda e falar sobre como vocês começaram?
Jay - Eu sou o baterista, Shannon(McMurray) toca guitarra e Tom(Bailey) é o vocalista e baixista. O Maxeen foi formado em junho de 2002. Eu tocava bateria na banda antiga do Shannon, mas eu não gostava muito. Eu adorava o Shannon tocando, mas os outros caras não faziam muito o meu estilo. Então eu falei pro Shannon me avisar quando tivesse um novo projeto em mente. Alguns meses depois, ele ligou e disse: "ei, eu encontrei um ótimo vocalista e baixista, e eu queria que nós três nos juntássemos pra ver no que dá". Nos juntamos, e a identificação foi imediata. A química foi instantânea.

De onde você vem? E como é a cena musical punk nesse lugar?
Jay - Eu nasci e fui criado em uma cidadezinha chamada Branford, em Connecticut. A cena musical era totalmente inexistente! Mas eu tive sorte o suficiente de ter vários amigos músicos, e nos juntávamos toda noite pra tocar. Muitos bons momentos no porão da casa dos meus pais... mas só depois que eu mudei pra Boston, Massachussets, que eu fiquei exposto a muito mais música. Eu morei lá por um tempo, aí fui pra Los Angeles, que tem uma ótima cena musical.

De onde surgiu o nome Maxeen?
Jay - Tom que deu a idéia. Quando a gente começou, todos nós sabíamos que escolher o nome de uma banda pode ser muitas vezes uma decisão chatinha, então ninguém queria pensar muito nisso. Depois de um ensaio, Tom falou "o que vocês acham de Maxeen?". E Shannon e eu falamos "legal." Acho que Tom estava pensando na capa do disco "Rio", do Duran Duran, e imaginou que o nome dela era Maxeen. O nome pegou.

Vocês lançaram seu novo disco na Side Onde Dummy; como vocês entraram em contato com os caras de lá?
Jay - Deixe-me dizer primero que "Side One" é um ótimo, ótimo selo. Entramos en contato com eles através do nosso empresário, James Achor. James tocava em uma banda chamada Royal Crown Revue, que era representada pela "Side One". Quando James ouviu nosso material pela primeira vez, ele sabia que essa gravadora seria um lugar perfeito para a gente. Os caras da gravadora assistiram um show nosso(o décimo, acho) e pouco tempo depois fomos contratados.

Vocês lançaram alguma coisa antes disso?
Jay - Lançamos uma edição limitada de 4 músicas ao vivo do EP que gravamos para a Warped Tour de 2003. Nós ainda temos algumas cópias sobrando, e só as vendemos nos shows.

Maxeen soa muito pop rock e também tem algumas influências de punk rock. De onde vocês tiraram inspiração pra isso?
Jay - Sinceramente, nossa inspiração musical tem origens de diversos lugares... as diversas bandas que gostamos, nossas experiências de vida etc. Nós três ouvimos diversos estilos musicais. Música velha, música nova. A gente só meio que juntou isso tudo, e entrou na nossa cabeça, e quando tocamos juntos, isso meio que surge dos nossos dedos sujos.

Como você descreveria Maxeen para alguém que nunca ouviu falar?
Jay - Eu só diria que somos uma banda de rock. Quando eu digo isso, falo sério... mas é que eu não consigo descrever nossa música para as pessoas, porque cada um tem suas próprias idéias de gêneros musicais. Tipo, alguém pode achar que tal banda é punk, mas outra pessoa pode falar "de jeito nenhum, isso não é punk, é emo", ou qualquer outra coisa. Então simplesmente ouça e tire suas conclusões. É a minha melhor resposta.

Quais bandas que vocês costumam ouvir?
Jay - Tem um certo grupo de bandas que todos nós gostamos. The Clash, The Pixies, The Replacements, The Police, Elvis Costello... adoramos.

E quanto as letras? Vocês cantam sobre amor, corações partidos e dramas de colegiais ou vocês têm algumas outras coisas pra dizer?
Jay - Essa é uma pergunta que o Tom saberia responder melhor que eu. Mas acho que as letras do Tom são muito pessoais, e têm origem das experiências da vida dele. Tipo "shuffle my feet", que é uma música muito pra cima, quase que hilária quando você ouve, mas é verdadeira. Tom não tem carro, ele sempre se atrasa e essa criança mal come(ele é magrinho). As letras dele têm uma série de significados, às vezes sérios, às vezes não. Mas todas elas partem de sentimentos reais.

Vocês têm algum plano de entrar em turnê com o novo álbum? Se sim, onde e com quem?
Jay - Sim! Nós terminamos nossa turnê de dezembro aqui nos EUA, daí temos uma folga no Natal, daí vamos para a Europa por dois meses para uma grande turnê. Olha só!

Falando em turnês, você tem alguma história engraçada ou interessante que aconteceu quando vocês estavam em alguma turnê pra dividir com a gente?
Jay - Ah, turnês... não sei se tem uma história a altura de todas as experiências pelas quais passamos. Turnê é meio doido. Você está em uma cidade ou país diferente todo dia. Você acorda e pensa "onde estou? que dia é hoje?". Matchbook Romance tem um promoter novo chamado 'Dirty', e nós achamos ele doido. Aquele cara é totalmente maluco. No show de hoje, ele simplesmente largou o stand do Matchbook, subiu no palco e pulou no meio da multidão. Aí os caras do Matchboon começaram a puxar a multidão pra gritar pelo cara, então eram umas 1200 pessoas berrando "Dirty! Dirty!". Aquele cara é maluco. Totalmente insano.

Você acha que é difícil uma banda nova ser contratada por alguma gravadora? To te perguntando isso porque ano passado eu vi muitas bandas desconhecidas e sem talento sendo contratadas por grandes gravadoras e tudo mais... o que você acha disso? Vocês estão tentando assinar com uma grande gravadora ou vocês simplesmente não ligam pra isso?
Jay - Acho que depende da gravadora. Os donos de gravadoras têm seus próprios gostos, e isso se reflete nos tipos de bandas que eles contratam. Eu mesmo já ouvi bandas bem ruinzinhas de grandes gravadoras, e bandas extraordinárias em gravadoras independentes. Será que o Maxeen vai assinar com uma grande gravadora? Somos contra isso? Não posso afirmar. Somos uma banda nova. Nosso primeiro álbum acabou de sair pela "Side One" e estamos muito felizes por estarmos em uma gravadora independente agora.

Algum comentário final?
Jay - Mais uma vez, venha nos ver tocar. Estamos tão empolgados por ir tocar na Europa. Vai ser divertido.

Muito obrigado pela entrevista, boa sorte com tudo!
Jay - Eu que agradeço, Carlo!

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